Comunicação voltada para adolescentes e mulheres GORDAS em revista digital
Esqueça aquela modelo magra, de cintura fina, manequim 36, tipo Gisele Bündchen. Na revista PLUS, lançada no endereço eletrônico www.eusouplus.com, cada modelo equivale a duas Giseles. Pensada para adolescentes e mulheres plus size (gordas), a revista digital é sinônimo de representatividade. O ser “gorda”, antes visto como um xingamento, hoje é termo de afirmação: a ideia é deixar para trás os padrões e os julgamentos da sociedade e mostrar para todo mundo que o corpo é seu e que você não precisa ser magra para ser maravilhosa.
“A PLUS quer
representar e comunicar para empoderar. Mais do que uma revista é um
movimento de inclusão e empoderamento feminino. É uma publicação
democrática, colorida e anticonservadora. Não só para adolescentes, como
para todos que se identificam com esses valores”, explica Naiana
Ribeiro, de 22 anos, que é editora do projeto e o idealizou para seu
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Jornalismo, na Faculdade de
Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom-Ufba).
Na
adolescência, Naiana não se sentia representada pelas revistas de
garotas magrinhas, como Capricho e Atrevida. “A revista mensal é em
formato flip (dá pra passar as páginas no próprio computador) e tem
treze editorias que exploram diversos temas do universo adolescente e do
mundo plus size, ressaltando a diversidade de culturas, raças, orientação sexual, interesses, etc. O site da PLUS traz novidades e conteúdos especiais diariamente”, completa.
A revista contou ainda com a colaboração dos jornalistas Clarissa Pacheco, Doris Miranda, Gabriela Cruz, Jorge Gauthier, Juliana
Montanha, Priscila Natividade e Thais Borges assinam matérias ligadas
ao universo da diversidade, autoestima, saúde, entretenimento e
academia. Os fotógrafos Lucas Seixas e Milena Abreu assinam os ensaios
especial e da capa, respectivamente.
CONTEÚDO
Nesta primeira edição, a PLUS mostra
o movimento Vai Ter Gorda e também explora o universo das relações de
poliamor. Tem ainda um editorial do fotógrafo Fernando Lopes, que aborda
o tema, com diferentes casais. Se você se confunde com os termos
relacionados a gênero (transgênero, transexual, cisgênero, etc), essa é a
hora de esclarecer cada um dos conceitos. Na edição, tem também um
artigo sobre dragqueens plus size,
crônica, opções de lojas virtuais para comprar roupas, aplicativos para
edição de fotos, além de séries e filmes para você acrescentar na sua
lista de maratonas.
Gordinha
desde pequena, uma das entrevistadas, a estudante Liz Poletto, 17, dá
lição de empoderamento e conta que convive muito bem com o seu corpo. “O
corpo é seu. Você tem o direto de fazer com seu corpo o que você
quiser. Ninguém tem o direito de dizer que você não pode fazer isso ou
aquilo porque não tem o ‘corpo ideal’ ”, afirma. Por mais que esteja
bem, Liz acredita que tem muita gente que não está e a revista fará com
que essas pessoas vejam que não estão sozinhas. “Acho muito massa isso
de mostrar que tem muita gente igual a você, que sofre as mesmas coisas,
e que você não precisa se sentir mal por isso. Se você gosta do seu
corpo, ótimo. Se você não gosta, ok, vamos mudar. A questão é ser quem
você é do jeito que você gosta. Se você não estiver gostando, dá para
mudar. Mas se você estiver gostando e a outra pessoa falar algo,
problema é dela”, completa.
Representante
de movimento Vai Ter Gorda na Bahia, Adriana Santos, 31, considera que
iniciativas como esta ajudam a mostrar para a sociedade que o padrão de
beleza magra já caiu por terra há muito tempo. “Nós existimos, temos a
nossa beleza e lutamos para que nos enxerguem e proporcionem uma maior
acessibilidade”, argumenta ela, que também é modeloplus size e a primeira Miss Plus Size
da Bahia. “Vocês são lindas e podem ser o que quiserem, independente do
corpo. Não permita que comentários preconceituosos e gordofóbicos lhe
atinjam”, diz.
A
psicóloga Paula Gonzaga acredita que esse movimento de afirmação que a
revista está inserido é “extremamente necessário e legítimo” e precisa
se expandir para além dos ambientes universitários, virtuais e de classe
média. “Mulheres continuam sucumbindo a gordofobia naturalizada, um
exemplo disso é que as academias estão cada vez mais cheias, as clínicas
cirúrgicas idem. Esse movimento de afirmação se forja em um dos
momentos de maior investimento contra os corpos femininos”, argumenta
ela, que é mestre em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e
Feminismo, pela Ufba, e faz doutorado em Psicologia Social pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Instituiu-se
que a beleza é magra. Esse tipo de beleza, anoréxica, não é saudável.
Cada qual sabe da sua saúde e dos seus problemas. Não tenho nenhum. O
meu Índice de Massa Corporal (IMC) não tem nada a ver com a minha beleza
e com a minha saúde”, argumenta a ex-bancária e modelo Rebecca Pontual,
33, que venceu o concurso A Mais Bela Gordinha da Bahia em 2015.
*A defesa da banca de Naiana será aberta ao público e acontece no próximo dia 19, às 14h, na sala 2 da Facom-Ufba
Site: www.eusouplus.com
Facebook: www.facebook.com/arevistaplus
Instagram: @eusouplus
Release enviado gentilmente pela Naiana e publicado integralmente.
Eu acredito que é isso que precisamos, representatividade e um trabalho sério para empoderar a mulher gorda. E nada melhor do que um veiculo de comunicação voltado 100% para desconstruir padrões e construir o amor e respeito próprio.
Englobar nessa temática as adolescentes que estão na fase mais confusa da vida, onde estão sempre mais frágeis e sujeitas a ficar marcadas pelos traumas que uma boa dose de gordofobia e machismo podem proporcionar é simplesmente sensacional.
É muito enriquecedor ter esse tipo de movimento e conteúdo a nossa disposição.
O que acharam?
Beijos
Release enviado gentilmente pela Naiana e publicado integralmente.
Eu acredito que é isso que precisamos, representatividade e um trabalho sério para empoderar a mulher gorda. E nada melhor do que um veiculo de comunicação voltado 100% para desconstruir padrões e construir o amor e respeito próprio.
Englobar nessa temática as adolescentes que estão na fase mais confusa da vida, onde estão sempre mais frágeis e sujeitas a ficar marcadas pelos traumas que uma boa dose de gordofobia e machismo podem proporcionar é simplesmente sensacional.
É muito enriquecedor ter esse tipo de movimento e conteúdo a nossa disposição.
O que acharam?
Beijos
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Que estilosas, arrasaram nessa revista.Com certeza é super enriquecedor esse tipo de conteúdo a nossa disposição. Adorei o release! Por mais posts assim!
ResponderExcluirQue legal !! Super estilosas e lindas. Amei o conteúdo e post ficou incrível.
ResponderExcluirBeijos
www.baudasresenhas.com.br
Fico mto feliz em ver trabalhos assim. Estão lindas. Bjos e parabéns pelo trabalho de divulgar.
ResponderExcluirNão conhecia essa revista e ja gostei bastante
ResponderExcluirso conheço uma na qual sou autora tambem que legal essa revista
pois assim ta incentivando e baixando a ditadura
Pati o ideal seria que todas fossem representadas nas revistas de circulação nacional, mas enquanto isso não acontece é importante abrir espaços como esse, assim quebra padrões e as pessoas começam a pensar que cada um tem direito de ser como quiser e ter referências, talvez isso ajude a diminuir essa loucura pelo corpo magro, que muitas vezes não é saudável.
ResponderExcluirhttp://quadrofeminino.com/
Que top Pati, não sabia dessa revista.
ResponderExcluirQue ideia maravilhosa que tiveram hein.
Bjão
Amei a ideia é todo o reconhecimento, a valorização que as Plus sizes estão tendo, esse padrão de corpo perfeito já foi, corpo perfeito é o meu, o seu nosso.
ResponderExcluirBeijos, Luana M.
oi
ResponderExcluireu achei fantástico esta revista! Até que enfim seremos representadas de forma digna . Já vou acessar para ver o conteúdo.
Pati, eu achei fantástica !!! Muito bom quando temos um conteudo de mídia voltado para nós !!!
ResponderExcluirbesitos
www.blogmeamarro.com